08 dezembro, 2016

ANTHRAX: Stomp 442 (CD, 1995)

Resenhado por Ygor Nogueira.

Passados vinte e um anos após seu lançamento em 1995, "Stomp 442" do Anthrax, ganha um "ré-lançamento" aqui no Brasil feito pela parceria entre a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil, e certamente vem de bom grado para os fãs de carteirinha.

O sétimo disco de estúdio dos americanos que desde sua origem seguem a cartilha do Heavy-Metal mesclado com Thrash, Speed e Groove Metal marca uma das tantas fases vividas pelo Anthrax. Com a saída de Joey Belladonna e Dan Splitz, e com John Bush assumindo o papel de frontman, o quarteto agarrava-se a uma linha mais alternativa e comercial, fazendo com que em certos momentos o grupo beirasse o Grunge e subgêneros dos anos noventa.

Lançado pela Elektra Records, o registro não teve o alcance esperado, seja pela mudança repentina ou pela insuficiência no ruim desempenho para promover o álbum, ou pela capa assinada por "Storm Thorgerson" que nem mesmo carregava a logo da banda e que foi usada um ano antes por Bruce Dickinson em seu disco "Balls to Picasso" , "Stomp 442" veio em uma época bem conturbada para o Anthrax, sendo um divisor de águas para o quarteto americano.

Ame ou odeie, necessário ou não, "Stomp 442" ficou marcado como aquele espinho na sola do sapato. De longe, certamente o disco não era nem um terço do que o Anthrax tinha à oferecer, tanto que "Vol. 8: The Threat Is Real!" veio para acalmar os ânimos mesmo que três anos depois, mas algumas faixas como "Fueled", "Riding Shotgun", "Perpetual Motion" e "Nothing" merecem um crédito à mais dos fãs mais exigentes.

Anthrax - Stomp 442 (CD, 1995) 
Shinigami Records / Nuclear Blast Brasil - Nacional

Músicas:

01 – Random Acts of Senseless Violence
02 – Fueled
03 – King Size
04 – Riding Shotgun
05 – Perpetual Motion
06 – In A Zone
07 – Nothing
08 – American Pompeii
09 – Drop The Ball
10 – Tester
11 – Bare


Sites Relacionados:
www.anthrax.com

05 dezembro, 2016

SABATON: The Last Stand (CD, 2016)

Resenhado por Ygor Nogueira.

O power metal sempre teve uma linha de frente fortíssima, contando com os suecos do Sabaton, que somam atualmente oito discos de estúdio, e seu último lançamento - distribuído no Brasil pela Shinigami Records - veio municiado até os dentes para reforçar o poder latente do grupo!

Gravado no Abyss Studios sob a produção de Peter Tagtgreen tratando de nivelar com astúcia a sonoridade do sexteto, "The Last Stand" data-se um disco rechonchudo, não apenas em peso mas também em temática.

O disco carrega em suas trezes faixas, composições inspiradas em famosas batalhas militares históricas e decisivas, como a Primeira Guerra Mundial, Sparta e Argonne, deixando a proposta do grupo ainda mais interessante e em casa.

O abre-alas "Sparta" anuncia que o batalhão sueco está em campo. Com seus teclados à beirar um climax épico, riffs sólidos carregados com a força da marcha espartana sentida em seu refrão urrados e esbravejantes.

Em "Last Dying Breath": guitarras mais secas acompanham as orquestrações que nos levam para a Sérvia com riffs cheios de vigor à representar a valentia dos soldados numa batalha que custaria suas vidas.

"The Lost Battalion": Certamente está na lista de clássicos do disco, e da banda em si, com seu refrão simples e grudento, cativa com facilidade o amigo ouvinte e ainda tem um fato bastante curioso. A faixa não dispõe de bateria. Sim, o que escutamos na verdade são os estalos de armas! Com uma audição minuciosa é possível captar cada elemento, como pistolas e até metralhadoras.

"Rorke's Drift": Dispõe de um andamento dançante e poderoso. Riffs cerrados e bateria firme consolidam uma base concentrada e robusta, que ganha também um solo agitado e veloz.

"Hill 3234": Uma cozinha rítmica azeda e cadenciada dá todo um peso poderoso e elegante à canção que segue a rica a cartilha com sangue e glória.

Em outras palavras "The Last Stand" carrega consigo, não apenas uma aula de sincronia musical lapidada mas também aulas de pura história destiladas de forma inteligente e mesmo longe de soar um álbum inovador, ele resgata as épocas de ouro do Sabaton que agora está muito mais enérgico e garrido!

Sabaton - The Last Stand (CD, 2016)
Shinigami Records / Nuclear Blast - Nacional


Músicas:
01. Sparta
02. Last Dying Breath
03. Blood of Bannockburn
04. Diary of an Unknown Soldier
05. The Lost Battalion
06. Rorke’s Drift
07. The Last Stand
08. Hill 3234
09. Shiroyama
10. Winged Hussars
11. The Last Battle
12. Camouflage (bônus - cover Stan Ridgway)
13. All Guns Blazing (bônus - cover Judas Priest)


Sites Relacionados:
www.sabaton.net

03 dezembro, 2016

SODOM: Decision Day (CD, 2016)

Resenhado por Ygor Nogueira.

Os alemães realmente não brincam quando se trata de Thrash Metal, e o lendário e fortíssimo Sodom sempre esteve preparado para guerra desde o lançamento de "Obsessed by Cruelty" há trinta anos atrás.

Achem o que quiserem, mas o tempo parece não passar para esses veteranos!

Isso porque, mesmo com seus dois últimos lançamentos "In War and Pieces" (10) e "Epitome of Torture" (13) sendo rajadas violentas o grupo não parou para desleixos e sim, continuaram à manter seu altíssimo nível. Até porque, retroceder não faz o tipo do trio liderado por Tom Angelripper.

O 15°, "Decision Day", é enraizado no enérgico Thrash Metal cortante e agressivo, cheio de riffs marcantes e composições que soam como clássicos, com todo a personalidade requintada do trio.
Produzido e mixado por Cornelius Rambadt, no Rambado Recordings e masterizado por Dennis Koehne no Flying Pigs Studio, o disco dispensa comentários, pois sua engenharia sonora destila fácil assimilação, peso extremo e transparência de cabo à rabo sem dá um trisco sequer na performance da banda.

"Decision Day" veio para quebra a linha do tempo na espera de três anos de seu antecessor, e já chega com balas na agulha dispensando apresentações:

"In Retribuition": O tanque de guerra que chega para derrubar muros, riffs ríspidos e bateria agressiva fazem dessa faixa um clássico em potencial.

"Rolling Thunder": Mal-encarada, a carrancuda usa seus riffs monstruosos para o encaixe de um refrão grudento e carregado de fúria.

"Caligula": Essa gruda facilmente. Aquela que não te deixa dormir porque continua tocando no seu cérebro por dias, equilíbrio dosado de boa forma entre brutalidade, simplicidade e melodia.

"Who Is God": Os riffs cerrados dão um feeling agradável à faixa que se encaixaria perfeitamente numa balada de rádio.

E por fim a casada no trio composto por
"Vaginal Born Evil", "Belligerence" e "Blood Lions": Faixas prontas para quebrarem pescoços e subir poeira em moshpits!

Em resumo, não era de se esperar por menos de um gigante que, mesmo se fortificando com o pesar dos anos e aprimorando ainda mais sua música, nunca se deixou sucumbir pelas tendências e se mostram firmes e satisfeitos com suas raízes forjadas no aço e fogo. Mega recomendado!

Sodom - Decision Day (CD, 2016)
(Shinigami Records/SPV - Nacional)

Músicas:
01. In Retribution
02. Rolling Thunder
03. Decision Day
04. Caligula
05. Who Is God?
06. Strange Lost World
07. Vaginal Born Evil
08. Belligerence
09. Blood Lions
10. Sacred Warpath
11. Refused To Die



Integrantes:
Tom Angelripper: Vocais e Baixo
Bernd “Bernemann” Kost: Guitarra
Markus “Makka” Freiwald: Bateria

Sites Relacionados:
www.sodomized.info